sexta-feira, 15 de março de 2013

[PREVISÕES] UFC 158: St-Pierre x Diaz

Iniciando as postagens com previsões dos próximos eventos, começamos logo com uma disputa de cinturão no UFC 158 que promete movimentar a semana, já que a expectativa é grande.

Além da disputa GSP x Diaz, alguns dos blogueiros escolheram comentar ao menos outras duas lutas.

Vamos ver o quão perto (ou longe) cada um ficará dos resultados.

E, para quem quiser, seu palpite também é muito bem-vindo!

 
1) Georges St-Pierre (c) x Nick Diaz

Gabs: Minha tentação era falar que o GSP vai amarrar a luta, fazer aquele joguinho burocrático, chato, e que estamos nos acostumando a ver. Mas não. Creio que o fato de Nick Diaz ter efetivamente tirado GSP de sua condição "plácida" e arrogante vai acabar por fazê-lo ficar maluco para conseguir um KO/TKO rápido.
Portanto, e nessa "vacalouquice" do GSP, prevejo um primeiro round complicado, com 10x9 para Diaz. Entretanto, com mais calma, GSP vai acabar com a luta no segundo round, por submissão(mata leão ou chave de braço, por mais espantoso que possa parecer).
Resultado finalGSP, finalização por mata-leão, no segundo ou terceiro round.

Gu: Prevejo um massacre em favor do canadense. Diaz possui um excelente boxe e um jiu-jítsu de primeira linha. Contudo, o seu estilo de luta simplesmente não "casa" com o de seu oponente, Acredito que GSP irá abusar das quedas, graças a seu apurado wrestling (e olha que o canadense não tem formação específica nessa arte marcial!), o que ainda será facilitado pelo fraco porte físico de Diaz e sua conhecida deficiência na defesa de quedas. A partir daí, GSP tem tudo para esfarelar o adversário com seu potente ground and pound. Sem alternativas, frustrado por não desenvolver o boxe na luta, restará a Diaz a chance da finalização, chance diminuta em razão do domínio de GSP também nessa área (faixa preta de jiu-jítsu). Não teremos, porém, nocaute ou finalização por parte do canadense, que deverá explorar a já usual estratégia de vitória sólida nos rounds para levar ao final por pontos.
Resultado final: GSP, decisão unânime por pontos, 49 x 46.

Iuri: Nick Diaz possui o boxe mais afiado da categoria, mas chuta muito pouco, o que facilita a entrada de GSP em suas pernas que, finas, não favorecem a defesa.
A tendência é que seja mais uma luta monótona, com um Ground and Pound  pouco agressivo do canadense, suficiente apenas para dar-lhe a vitória por pontos.
A esperança é que Diaz consiga, mesmo por baixo, utilizar seu Jiu Jitsu, que também considero o melhor da categoria (apesar de ambos serem faixa preta), e finalize o canadense.
GSP é muito mais completo que Diaz e também possui destaque justamente nas melhores ferramentas para parar o boxe do americano, que é um wrestling excelente e Ground and Pound efetivo.
De qualquer forma, o que pode dar um tempero especial a essa luta e fazer com que ela saia do padrão monótono imposto pelo canadense é o fato de Diaz tê-lo provocado e desrespeitado diversas vezes. GSP está bem nervoso e pode finalmente querer lutar de verdade, sair da zona de conforto e buscar um nocaute.
Se isso acontecer, abrirá espaço para o boxe de Diaz e também para quedas espalhafatosas, com possibilidade para finalização e bons duelos no Jiu Jitsu (incluindo trocas de posição, progressões, raspagens...).
Contudo, na qualidade de almofadinha mais chato do MMA, penso que GSP irá meditar antes da luta e protagonizar mais um duelo de xadrez revestido de arte marcial.
Nunca veremos GSP chamando alguém para a briga como Anderson Silva, Wanderlei Silva, Dan Henderson e tantos outros lutadores (de verdade) fazem.
A única coisa boa que pode sair dessa suposta vitória sem graça seria GSP finalmente aceitar o duelo com Anderson Silva no fim do ano.
Mas, de novo, se o canadense só gosta de lutar em sua zona de conforto, por que aceitaria um duelo de risco, fora da sua categoria?
Resultado finalGSP, decisão unânime por pontos, 50 x 45 (com esperança de ver Nick Diaz por finalização, chave de braço).

Vini: O Diaz conseguiu o que me parecia impossível (não to falando de tornar as lutas do GSP atraentes, ainda): estou falando de tirar o GSP da zona de conforto psicológico... O GSP sempre passa uma imagem de compenetrado e "gelado", mas, dessa vez, o maluco do Diaz fez o serviço antes da luta e fará também no octógono.

Resultado final: Nocaute do Diaz no GSP, no 2º Round (Para a tristeza de um companheiro de blog).


2) Carlos Condit x Johny Hendricks

Gabs: Com todo o respeito a Hendricks, o jogo de Carlos Condit é um dos mais completos da categoria (perdendo apenas para GSP, seu futuro - novamente - adversário). Obviamente, um pombo sem asa sempre pode ocorrer. Ora, se o Belfraco quase finalizou o Jones, por que não? Mas a aposta é outra.

Resultado final: Nocaute de Condit, no 2º Round (Hendricks vai sair moído, escutem o que estou dizendo).

Gu: Hendricks, All-American wrestler na época da univerdade, vem de uma sequência respeitável de cinco vitórias no UFC, incluindo nocautes avassaladores contra Jon Fitch e Martin Kampmann, além de uma contestada vitória por decisão dividida contra Josh Koscheck. A boa maré de resultados, todavia, encerra-se por aí. O amplo jogo do excelente Carlos Condit, uma combinação de golpes sólidos, velocidade e jiu-jítsu (se preciso), irá minar qualquer estratégia do barbudo Hendricks, que não o "encontrará" no octógono para desferir seus potentes golpes ou aplicar quedas. Acho que veremos algo parecido como a luta contra Diaz, quando Condit rodou e rodou pelo octógono, desferindo chutes, socos e golpes voadores em longa distância. O resultado? Um nocaute no segundo round em favor de Condit. Um nocaute por parte de Hendricks, entretanto, não está descartado, assim como um festival de quedas em seu favor caso Condit repita o erro que cometeu contra GSP (falta de movimentação).
Resultado finalCondit, TKO, 2º round.

Iuri: Condit protagonizou um duelo muito bom com GSP e mostrou estar entre os melhores da categoria. Vejo pouquíssimas chances de Hendricks vencer.

Ainda assim, existem chances de eu queimar minha língua, já que Hendricks vem de 5 vitórias seguidas, a maioria contra caras muito bons.
Se ele vencer, penso que será muito bom para a já movimentada categoria, que se abriria ainda mais com um novo desafiante para o cinturão.
Assim como na luta de GSP, torço para resultado diferente daquele que prevejo.
Resultado finalCondit, TKO (torcendo para vitória de Hendricks, também por TKO).

Vini: Já que entrei para discordar no main event, FAREI O MESMO NO CO-MAIN EVENT!!!

Resultado final: Vitória de Hendricks (meus colegas já analisaram tudo, então vou direto ao ponto), com direito a mil quedas e ground and pound até o juiz parar a luta, aposto no 3º Round, lá pelos 3:00 minutos!!!

3) Jake Ellenberger x Nate Marquardt:

Gabs: Sou da opinião que, de vez em quando, história e experiência contam, e muito.
Apesar de tudo apontar para uma vitória fácil de Ellenberger por nocaute ou finalização, estou achando que "The Great" vai aprontar, então vou de long shot.
Resultado final: Decisão dividida (hahaahahah), 29 x 28, 28 x 29 e 29 x 28 em prol de Marquardt.

Gu: Ellenberger vem de sete vitórias em suas últimas oito lutas. Marquardt, por sua vez, em que pese o título do Strikeforce, vive fase conturbada ao alternar vitórias e derrotas, além de sofrer contusões, tendo atuado por três vezes desde 2011. O primeiro, seja pelo atual momento, seja pela superior qualidade, é o favorito para vencer o combate. Mas não são só flores para Ellenberger: embora tenha ampla vantagem na trocação com suas mãos pesadíssimas, uma luta no chão favorece o faixa-preta de jiu-jítsu Marquardt, consubstanciando, assim, o tendão de aquiles do primeiro nesse combate.
Resultado finalEllenberger, decisão unânime por pontos, 29 x 28.

Vini: Para começar, não dá para confiar nos campeões do Strikeforce (torneio de qualidade duvidosa), sendo assim, vejo o Ellenberger favorito (a não ser que o Marquardt pregue ele no chão).

Resultado final: Ellenberger, TKO no 1º Round.

quarta-feira, 13 de março de 2013

[DISCUSSÃO] O Melhor Lutador de MMA da História (Parte II)

Dando continuidade à discussão iniciada em http://migre.me/dCnCC, segue nesse post a opinião de mais dois dos nossos blogueiros.

E, obviamente, escancarada a controvérsia...

Gabs:


A minha resposta é curta, grossa, direta e tem oito pernas cabeludas: Anderson Motherfucking Spider Silva é, inequivocamente, o melhor pound for pound da história do MMA. Não vejo (i) como nem (ii) porque fazer disto uma discussão.


Iuri:

Assim como na maioria dos esportes, o MMA também traz grande controvérsia sobre quem seria o melhor lutador de todos os tempos.

Um dos agravantes para isso é o fato de eles lutarem em diversas categorias, o que dificulta uma comparação direta, tanto pela diferença técnica quanto pela diferença de adversários.

A meu ver existem, hoje, apenas dois lutadores que poderiam ocupar o posto de melhor lutador da história, mas é claro que outros atletas em atividade também podem, eventualmente, atingir esse status.

A disputa atual fica claramente entre Anderson Silva e Fedor Emelianenko.




O brasileiro possui um cartel de 34 vitórias e 4 derrotas, ao passo que o russo possui 35 vitórias, 4 derrotas e uma luta interrompida sem vencedor.

No meu entendimento, o brasileiro leva vantagem em uma série de critérios e é o melhor lutador de todos os tempos.

Anderson Silva é 7 meses mais velho do que Fedor Emelianenko e, ainda assim, segue em plena atividade, ocupando o posto de líder do ranking geral do UFC, enquanto Fedor já se aposentou, após fazer suas três últimas lutas contra adversários insignificantes, em eventos pequenos.

Ou seja, enquanto o brasileiro segue no auge aos 37 anos, o russo iniciou sua decadência já aos 33 anos, quando perdeu para Fabrício Werdum e deu início a uma série de três derrotas seguidas, que culminariam com seu afastamento dos grandes eventos de MMA.

Mas não é só no critério longevidade que o brasileiro leva vantagem.

As três derrotas de Emelianenko também escancaram um outro abismo entre os dois.

Anderson sofreu derrotas pontuais e isoladas em sua carreira, jamais enfrentando uma má-fase. Fedor, em contrapartida, apresentou terrível sequência de três derrotas seguidas ainda com 33 anos de idade, o que pode ser considerada uma decadência prematura para o MMA.

As derrotas sofridas por Anderson foram no período enquanto ainda se firmava como grande lutador, mantendo a carreira em ascendência. Foram derrotas que deram experiência e construíram um atleta mais completo, que soube utilizar a bagagem para chegar e se firmar no topo sem deslizes, enquanto que Fedor sucumbiu já experiente e consagrado e ainda com a idade de muitos campeões.

Só corrobora com isso o fato de que, enquanto Anderson Silva jamais foi nocauteado (na verdade, só me lembro dele “perder as pernas” uma vez, brevemente, contra Chael Sonnen) e nem sequer exibiu um único sangramento no octógono, Fedor foi nocauteado de maneira inquestionável duas vezes, além de ter sangrado em diversas lutas.

E aqui vale um adendo que considero importante: no meu entender (e acho que não deve haver muita controvérsia sobre isso), o nocaute é a forma mais significativa de se finalizar uma luta de MMA, seguido por finalização e, finalmente, decisão.

Seguindo esse raciocínio, alguns poderiam dizer que Fedor lutava entre os pesados e por isso sofria com golpes mais duros.

É um bom argumento, não fosse o fato de Anderson Silva ostentar nada menos do que 20 nocautes em sua carreira, contra apenas 10 de Fedor, o que demonstra que, por esse critério, Fedor poderia então ser considerado um mal nocauteador nos pesados.

Acho que os dados trazidos são suficientes para demonstrar que Anderson Silva é o melhor lutador da história do MMA.




Entretanto, algumas informações analíticas também ajudam a evidenciar o abismo entre os dois:


  •  Anderson Silva possui 70,27% de suas vitórias por nocaute ou finalização contra 66,66% de Fedor;
  • O percentual total de vitórias de Anderson Silva é 89,18%, contra 87,17% de Fedor;
  • O argumento de que uma das derrotas de Fedor por sangramento é injusta não procede, já que a cabeçada dada em Minotauro, que lhe rendeu um No Contest, poderia muito bem se enquadrar como derrota se fossem utilizados os mesmos critérios das lutas Anderson Silva x Yushin Okami, Jon Jones x Matt Hamill e Erick Silva x Carlo Prater, por exemplo. Portanto, nesse contexto, poderíamos transformar uma derrota de Anderson Silva em No Contest;
  • A série de vitórias seguidas de Anderson Silva é de 17 combates, contra 16 de Fedor. Vale ressaltar que os números de Anderson Silva ainda podem crescer;
  • Fedor ficou invicto por 28 combates (incluindo um No Contest), enquanto Anderson Silva está invicto há 17. Isso talvez evidencie que Fedor reinou durante um período, mas não pode ser encarado como toda a sua carreira;
  • Anderson Silva conta com nada menos do que 13 defesas de cinturão na carreira, contra apenas 5 de Fedor. É bem verdade que o sistema de disputas na época em que Fedor esteve no topo variou algumas vezes (talvez também por isso Anderson Silva tenha "apenas 13 defesas) mas, conforme já dito, mérito para o brasileiro, que é mais velho e passou por ambas as fases. Além disso, disputas de cinturão, em regra, asseguram que o adversário está entre os top 5 da categoria, o que não acontece em outras disputas.



Conforme se verifica, embora os números sejam apertados, o brasileiro leva vantagem na maioria.

Para mim, as únicas vantagens de Fedor estão na longa série invicta e no fato de ele ter, em média, finalizado suas lutas mais rápido do que Anderson Silva (média de 1,48 round por luta contra 1,89 round por luta, desprezando-se os minutos de cada round). Ainda assim, as lutas curtas podem ser explicadas pelo fato de que Fedor jamais lutou em um evento cuja regra previsse 5 rounds (mais um motivo para ter evitado o UFC?).

Outros três fatores, ao meu ver, pesam em favor do brasileiro: (i) se mantém no topo até hoje, quando o MMA está muito mais difundido, com mais lutadores e com a maioria dos lutadores possuindo conhecimento sobre todas as principais técnicas utilizadas no MMA; (ii) desde 2006, o UFC se tornou o principal torneio de MMA do mundo e a maioria dos lutadores migraram gradativamente para o evento. Uns antes, outros depois. Fedor se manteve “escondido” em eventos menores (os pouco conhecidos "Bodofight", "Yarennoka", "Afliction", além do "Strikeforce"), enfrentando adversários mais fáceis. Prova disso é que Wedum e Pezão, que lhe venceram com certa facilidade, fazem lutas parelhas no UFC; (iii) não mais conseguindo vitória nesses eventos pequenos, Fedor migrou para eventos minúsculos, onde conseguiu suas três últimas vitórias antes da aposentadoria. Não fosse isso, seu cartel seria 32-4-1.

A discussão é aberta, mas a vasta maioria dos critérios técnicos dão vantagem ao brasileiro.

E, se fugirmos dos critérios técnicos e analisarmos critérios subjetivo, a vantagem é ainda maior (o que explica, talvez, a sucinta resposta dada pelo Gabs).




Anderson Silva é o lutador mais versátil já visto. Aplicou nocautes de tudo que é jeito, desde joelhadas, cotoveladas, chutes, socos, Ground and Pound, sem falar em belas finalizações.




Enfim, considero bem difícil defender Fedor como o melhor de todos os tempos.

Por fim, após definir quem é o melhor da história, algumas considerações finais sobre o futuro.

Muitos apontam Jon Jones como o futuro melhor lutador de todos os tempos. Considero a afirmação no mínimo prematura.

Jones é muito menos efetivo do que Anderson ou Fedor (média de 2,22 rounds por luta), além de nocautear bem menos que o brasileiro também na média.

Além disso, muito embora ele possua números excelentes para sua idade, não difere muito dos demais detentores de cinturão do UFC.

José Aldo, por exemplo, é um ano mais velho e possui um cartel de 22-1, contra 17-1 do americano, além de ter dado show no mínimo tão impressionantes quanto os de Jones e estar indo para a 6ª defesa de cinturão.

Isso quer dizer que Jones precisa vencer nada menos do que cinco duelos esse ano para bater os números de Aldo com a mesma idade.

Ben Henderson também tem um cartel similar, 18-2. GSP idem, 25-2.

Enfim, todos esses caras são muito bons, mas vamos ver se conseguirão, como Anderson, manter o cinturão aos 37 anos (dando show) e não sofrer os nocautes vergonhosos protagonizados por Fedor. Isso sem falar na manutenção do cinturão!

Até porque, Anderson e Fedor possuíam um respectivamente um cartel de 4-1 e 6-1 aos 25 anos de idade, o que demonstra que os tempos são outros e as carreiras começam cada vez mais cedo.




O futuro é promissor para a nova geração, mas Anderson Silva é, hoje, o melhor ser humano que já entrou em um octógono.

sábado, 9 de março de 2013

[DISCUSSÃO] O Melhor Lutador de MMA da História (Parte I)

por Gustavo Catharino

Esse é um tema que gera bastante discussão.
Quem foi, é ou será o melhor lutador da história do MMA, a despeito de pesos e categorias?
Bom, assim como na maioria das rodas de discussão, aqui no Split Decision o tema também não é unânime.
Existem caras defendendo o lutador A, o lutador B, dizendo que outro cara será o melhor, e até mesmo (pasmem!) caras que se recusam a discutir o tema, por considerarem óbvia a resposta.
Diante da nobreza da discussão, que versa sobre o mais alto clero do MMA, optamos por dividi-la em uma série de textos, nos quais sempre um ou mais de nossos blogueiros apresentarão seu ponto de vista.
Já no primeiro post da série, apresentamos os argumentos contundentes do Gu, que defende com unhas e dentes que Fedor Emelianenko ocupa o posto de maior casca grossa de todas as eras:

Gu

Em minha opinião, o maior lutador peso por peso da história do MMA chama-se Fedor Emelianenko, lendário lutador russo que fez história no já extinto PRIDE.

Os motivos são os mais variados: o seu estilo devastador, a apurada técnica nas mais diversas artes marciais - de Sambô a Judô -, o seu "pequeno" tamanho para a categoria dos pesos-pesados, em comparação com outros atletas, a quantidade de grandes lutadores enfrentados e vencidos e, sobretudo, a impressionante marca de dez anos de invencibilidade.

Apelidado de "O Último Imperador", Fedor iniciou a sua história no MMA no evento RINGS , no ano de 2000, após uma carreira brilhante como lutador de Sambô, tradicional esporte russo, onde obteve o título de campeão europeu (além de quatro títulos mundiais conquistados após o ingresso no MMA, quando dividiu suas atividades como lutador de artes marciais mistas e Sambô).

No RINGS, foram 13 lutas disputadas, com 12 vitórias e apenas 1 "derrota". Coloco entre as partes porque tal derrota foi resultado de uma desclassificação de Fedor por um sangramento (um pequeno corte) que não pôde ser estancado pelos médicos. Muitos contestam, todavia, as regras do torneio à época (fórmula de GP, com várias lutas em poucos dias) e a injustiça de tal desclassificação.

No PRIDE, a época áurea: foram 15 lutas e 14 vitórias conquistadas e 1 no contest. Bi-campeão mundial dos pesos-pesados, Fedor literalmente "passou o carro" em grandes lutadores que se encontravam no auge da forma física e técnica, como Minotauro Nogueira (duas vezes), Ricardo Arona, Mark Coleman (duas vezes), Mirko Crop Cop (em uma luta muito esperada pelos fãs do MMA) e Mark Hunt. Sem contar vitórias avassaladoras contra bons lutadores da época como Kevin Randleman e Heath Herring.

O mais impressionante, contudo, era a superioridade que o russo demonstrava em suas lutas, massacres devastadores orientados por um estilo de luta extremamente agressivo. Quem não se lembra das "marretadas" desferidas no ground and pound em Minotauro na derradeira luta entre ambos?

O nome de Fedor, portanto, nessa época, era sinônimo de "lutador invencível" e denotava um respeito absoluto de todos os fãs do esporte.

Após a era do PRIDE, Fedor Emelianenko ainda obteve vitórias espetaculares sobre dois ex-campeões do UFC, Tim Sylvia e Andrei Arlovski, contando, em relação a este último, com um dos nocautes mais impressionantes da história do MMA.

Neste momento de sua carreira, Fedor possuía o cartel de 33-1-1, com cerca de dez anos de invencibilidade. Se não computarmos a primeira "derrota" sofrida (desclassificação), a marca de 34 lutas sem derrotas em 10 anos configura uma façanha que dificilmente será alcançada novamente por algum lutador.

Ato seguinte, veio a decadência na carreira: claramente não mais no auge de sua forma, Fedor obteve uma vitória e três derrotas seguidas no evento Strikeforce (respectivamente, para Fabrício Werdum, Antonio Pezão e Dan Henderson), extinguindo o mito da invencibilidade e encerrando uma era de glórias. Mais três vitórias contra lutadores limitados e enfim a aposentadoria, contabilizando, ao final, um recorde de 35 vitórias, 4 derrotas (uma desclassificação) e 1 no contest. A nós, só restam os vídeos (santo Youtube!) e as reprises de suas lutas e seus grandes momentos.


Anderson Silva, por sua vez, pode ser considerado o segundo melhor lutador peso por peso da história do MMA.

Dotado de um talento incrível e de um amplo espectro de conhecimento das artes marciais (Muay Thai, Jiu-Jítsu, Taekwondo), ex-campeão dos pesos médios do Cage Rage, o "Spider" domina a categoria dos médios no UFC desde o ano de 2006, somando desde então 16 vitórias em 16 lutas disputadas (contando 10 defesas seguidas de título, recorde absoluto na história do evento). Possui, atualmente, o ótimo cartel de 33 vitórias e 4 derrotas (uma delas oriunda de desclassificação).

Entretanto, a meu ver, carreira de AS é permeada por alguns pontuais defeitos:

1) Como muitos também já salientaram, embora o cartel de 16 vitórias no UFC seja impressionante, o nível dos lutadores enfrentados pelo Spider encontra-se, para dizer o mínimo, abaixo da média: tirando as lutas contra Rich Franklin (duas vezes), Dan Henderson, Vitor Belfort e Forrest Griffin (essa, de fato, espetacular), AS lutou ou defendeu o cinturão contra lutadores pífios (Thales Leites, Patrick Côté, James Irvin, Travis Lutter, Chris Leben) ou medianos (Okami, Marquardt e os unidimensionais Chael Sonnen e Demian Maia). Não contabilizo, por vergonha alheia, a bizarra luta protagonizada contra Stephen "mão-de-algodão" Bonnar, sem sentido algum senão o espetáculo aos brasileiros e a vitória garantida.

2) Ainda nessa seara, muito me incomoda a dificuldade que AS cria quando da escolha de suas próximas lutas, cada vez mais raras, por sinal (uma por ano já é lucro). Pedidos de lutas fáceis ou que o coloquem em clara vantagem (por todas, GSP), evitando, de outro lado, lutadores que possam tirá-lo de sua zona de conforto, já se mostraram usuais e, na minha opinião, retiram um pouco o "brilho" de sua carreira. Não me lembro de ver Wanderlei Silva, Minotauro, Hendo, Shogun e Fedor, dentre outros, quando campeões mundiais, assim como os demais campeões mundiais do UFC, escolhendo adversários ou criando empecilhos para enfrentar este ou aquele lutador: era chumbo grosso contra quem viesse pela frente, ainda que o resultado final fosse a derrota.

3) Por fim, a duvidosa incursão de AS pelo PRIDE, sem qualquer sucesso, também pesam na hora de decidir quem é o melhor da história: embora seja inegável o fato de que Spider evoluiu consideravelmente ao longo dos anos, chegando ao auge da carreira em torno dos 31, 32 anos (em um nível técnico talvez jamais alcançado por outro atleta), não há como fechar os olhos para o seu cartel no Japão, com 3 vitórias e 2 derrotas por submissão contra atletas obscuros e limitados. Ainda que tais derrotas possam ter sido injustas pelo desempenho dos respectivos atletas no combate, ambas as submissões ocorreram e devem ser levadas em consideração.

Em suma, embora talvez seja o atleta mais talentoso da história do MMA, os problemas acima mencionados - majorados por uma "má vontade" demonstrada em algumas de suas lutas (vide contra Demian Maia) - o impedem de alcançar o posto de melhor lutador P4P da história desse esporte. 

Vencem, nesse caso, a técnica, o espírito guerreiro, os desempenhos no ringue/octógono e o profissionalismo de Fedor Emelianenko.

Mas ainda há tempo para o nosso Spider! Basta deixar de lado a cantoria no Faustão e os comerciais e desafiar os grandes lutadores dos dias atuais para fechar a carreira com chave de ouro: vitórias contra Jon Jones e GSP, por exemplo, podem consagrá-lo como o maior da história. O medo de perder a "cinta" ou a invencibilidade, todavia, pode impedi-lo de conquistar tais feitos.


Deixo, ao final, o meu ranking top-5 de melhores lutadores P4P da história do MMA, baseado no "conjunto da obra" (qualidade técnica, lutadores enfrentados e vencidos, títulos, atitude, força mental):

1- Fedor Emelianenko
2- Anderson Silva
3- Georges St-Pierre
4- Dan Henderson
5- Minotauro Nogueira / Matt Hughes
Menções honrosas: Wanderlei Silva, Randy Couture, BJ Penn, Royce Gracie e Chuck Liddell.

(Jon Jones tem o talento necessário para se tornar um dia o melhor da história.)

sexta-feira, 8 de março de 2013

[COMENTÁRIO] Uma Noite de PRIDE

por Vinicius Pimenta e Gabriel Chiavassa

Aos mais novos (ou que começaram a ver MMA há pouco tempo), o nome PRIDE pode parecer algo sem a menor importância. Ora, um evento que acabou por ser comprado pelo UFC só podia ser muito menor que nosso atual maior evento do mundo...

Ledo engano, meus caros: no ringue do PRIDE pisaram grandes lutadores, excelentes lutadores e também Lendas...

Alguns ainda são tops no UFC, a exemplo de Anderson Silva, Shogun, Minotauro, Minotouro, Dan Henderson, Fabrício Werdum, Vitor Belfort, Alistair Overeem, Nick Diaz (no contest no Pride 33 por doping), Quinton Jackson, Gilbert Melendez, dentre outros.

Mas o PRIDE era diferente.

Lá os lutadores eram Heróis e o sentido de tudo era menos a grana e muito — MUITO mesmo — mais a luta, motivo pelo qual tínhamos verdadeiras batalhas no ringue para provar quem eram os melhores.



Neste momento vocês devem estar se perguntando qual a razão de elaborarmos toda essa introdução. Bom, além da nostalgia que nos abate, ela também serve para explicar que no último dia 02 de março de 2013 tivemos no UFC on Fuel TV: Silva vs. Stann uma verdadeira noite de PRIDE.

Começamos pelo lugar escolhido: Saitama Super Arena, local de lutas antológicas, verdadeiras guerras, a exemplo da protagonizada por Wanderlei Silva e Mark Hunt em 31/12/2004.

Mas não foi apenas isso. E é nesse momento que nos deparamos com os personagens principais.

Ver adentrar na arena caras como Hunt e Wand é um verdadeiro túnel do tempo: as músicas ainda são as mesmas, a vontade de fazer uma grande luta estampada nos rostos e, PRINCIPALMENTE, certeza de lutas de qualidade.

Infelizmente não é incomum vermos no UFC lutas EXTREMAMENTE burocráticas, sem a menor graça, que só estão lá para preencher cards e te deixar ansioso para o card principal.

MAS, entretanto, contudo, todavia, sábado foi diferente. Os dois lutadores da velha guarda deram um verdadeiro show, mostraram que boas lutas não dependem apenas de marketing e falastrões (que vendem PPV mas não lutam nada — SONNEN, isso é uma indireta pra você, tá?), dependem de vontade, técnica e uma dose de loucura.

No co-main event vimos uma batalha essencialmente PRIDEANA (Putz, to inventado até palavras): Struve e seus 2,13m e Hunt com 1,77m  — não dá para não lembrar de lutas como Bob Sapp (142 kg) vs. Minotauro (110 kg) ou Hong Man Choi (2,18m) vs. Fedor Emelianenko (1,83).

Mas, exatamente como nas outras duas lutas citadas, os "baixinhos" simplesmente amassaram os grandões, com direito a maxilar QUEBRADO — de ponta a ponta (!!) — de Struve.



Por fim, como se ainda não bastasse, veio a grande luta da noite, e lá estava Wanderley "The Axe Murderer" Silva, de volta ao Japão, onde ficou invicto por quase cinco anos, e não poderíamos imaginar luta melhor do que aquela que foi apresentada: trocação PURA E FRENÉTICA!! Isso mesmo, porrada na cara, cada um abrindo cada vez a guarda, apenas com o objetivo de derrubar, nocautear, esmagar o adversário.

Os chatos de plantão sem dúvida virão dizer que não houve técnica na luta, que ambos se expuseram e que qualquer outro lutador teria derrubado qualquer um deles com um pouco mais de técnica. Dirão até que a idade avançada e a possível ausência de futuro dos dois lutadores foram o que proporcionou essa trocação alucinante.

Podem dizer. Mas isso que é luta. Vontade, muitas vezes, fala mais alto.

E no fim???

Mais um nocaute do Cachorro Louco, relembrando os velhos tempos, aguentando a porrada (o que veio a deixar quietinho um integrante deste blog que vinha criticando o queixo do Wand..., não é, Iuri, puxa-saco do Sonnen???) e acertando um pombo sem asa na cara do americano.



SENSACIONAL!!! Noite  inesquecível.

Se não fosse pelo octógono (no PRIDE lutavam em ringues) eu teria certeza que aquela era uma noite de PRIDE. E que glorioso seria....

terça-feira, 5 de março de 2013

[ANÁLISE] UFC Silva vs Stann

por Iuri Reis

Realizado no sábado, o UFC on Fuel TV: Silva vs. Stann ocorreu no Japão e, por isso, contou com maciça participação de lutadores orientais.

Ao todo, nove lutadores orientais (três coreanos e seis japoneses) subiram no octógono, obtendo cinco vitórias e quatro derrotas.

De maneira geral, penso que o saldo do evento foi positivo, pois reaproximou o topo do MMA do Japão, país apaixonado pela modalidade e que protagonizou os tempos áureos dos extintos WEC e PRIDE.

Grande parte do evento foi pouco emocionante, com lutas burocráticas e pouco agressivas. Apesar disso, o final do evento guardou grandes emoções

Das onze lutas realizadas, dou destaque e gostaria de comentar três:

1) Yushin Okami x Hector Lombard

Os lutadores subiram no octógono ranqueados como 4º e 8º melhores lutadores da categoria dos médios respectivamente (após a luta são 3º e 10º do ranking).

Okami vinha de vitória burocrática e chata, apesar de pouco questionável, contra Alan Belcher.

Já Hector Lombard vinha de vitória avassaladora sobre Rosimar Palhares na qual havia justificado, após estreia apagada e decepcionante no UFC, porque era campeão do Bellator há 5 anos.

Os dois primeiros rounds foram praticamente idênticos, com Lombard tomando a iniciativa na trocação e mostrando maior poder de fogo.

Okami, apesar de mais preciso, acertando a maioria dos golpes, mostrou baixíssima agressividade e pouca potência nos socos.

Contudo, o japonês não teve qualquer dificuldades para encurtar a distância e colocar o cubano para baixo, utilizando um monótono e pouco efetivo ground and pound, suficiente apenas para garantir-lhe vitória nos dois rounds.

No terceiro round, já ciente da derrota por pontos, Lombard veio com tudo para cima e quase nocauteou Okami (que possui um queixo suspeitíssimo).

Porém, Lombard cansou e Okami conseguiu trazê-lo para o clinch, cozinhando a luta até o final.

Para mim, foi um claríssimo 29 a 28 em favor do Japonês. Não entendi o porque de um dos árbitros ter visto algo diferente, já que a decisão foi dividida.

De qualquer forma, a luta foi interessante, pois demonstrou dois fatos curiosos.

O primeiro é escancarar a fragilidade do Bellator e o nível muitíssimo superior do UFC. Lombard vem encontrando enorme dificuldade em lidar com lutadores mais completos, capazes de utilizar o Wrestling e o Clinch com eficiência e amarrar sua potência.

No Bellator, sua agressividade e mãos pesadíssimas davam conta do recado sem maiores problemas.

O segundo ponto é o fato de que Okami não é, afinal, tão ruim quanto muitos apontavam quando disputou o cinturão contra Anderson Silva.

O Japonês é claramente fraco na trocação e possuiu um queixo que deixa a desejar, mas sabe neutralizar bem suas deficiências e usa um jogo de quedas bem decente para obter vitórias e, assim, galgar um bom ranqueamento entre os médios - hoje está atrás apenas do Anderson e do Weidman, que devem fazer a próxima disputa de cinturão, além de Belfort, que também vem de vitória importante.

2) Mark Hunt x Stefan Struve

Ambos vinham de uma boa sequência de vitórias e querendo entrar em rota de cinturão (Dana White já havia sinalizado que uma vitória de Struve poderia colocá-lo como forte candidato à disputa).

Eu vi Struve mais consistente e técnico ao longo da luta, mais preciso na trocação e demonstrando alguma habilidade no Jiu Jitsu, que poderia ter definido a luta.

Ainda assim, apresentou pouca potência nos socos e perdeu uma série de chances de finalizar a luta no solo.

Na categoria dos pesados e ainda mais contra um cara com a potência de Hunt, não se pode perder as chances de liquidar a fatura.

E Struve pagou caro por sua ineficiência. Foi nocauteado com duas bombas no queixo que lhe renderam uma fratura de maxilar de ponta a ponta.

Talvez essa fratura tenha gerado a imagem mais marcante do evento, a tomografia do maxilar de Struve rachado:








A luta reforça que, nos pesados, um soco pode definir a luta.

Não vejo Hunt com qualidade suficiente para tomar o cinturão dos Pesados de qualquer dos top 4 da categoria.

No entanto, após a quarta vitória seguida, penso que ao menos o direito de disputa se aproxima.

Quanto à Struve,o cara aparenta esta na carreira errada.

Seus 2,13m impõem que, embora extremamente magro, não possa ganhar mais massa muscular, pois ultrapassaria o limite dos Pesados.

Sendo assim, o lutador demonstra fragilidade excessiva para a categoria e provavelmente ainda o veremos sofrendo muitos outros nocautes.

Ao mesmo tempo, é impossível para ele cortar peso e cogitar lutar em outra categoria, o que me faz pensar que não existe futuro promissor para ele no MMA.

A única saída seria a criação da já aventada categoria dos “Super Pesado” ou a migração para um evento no qual ele possa lutar com mais peso.

3) Wanderlei Silva x Brian Stann

Luta principal do evento, esse combate era bastante aguardado pelo público japonês, que é muito fã de Wanderlei Silva.

O brasileiro foi ovacionado em sua entrada.

O combate foi absolutamente eletrizante, um dos melhores que já presenciei.

Durante a maior parte da luta, a trocação foi aberta, com ambos mais preocupados em atacar do que defender.

Como resultado, vários socos entraram e os lutadores perderam as pernas por mais de uma vez.

Wanderlei mostrou maior eficiência em se proteger quando atingido, agarrando rapidamente as pernas de Stann e neutralizando os ataques, permitindo a recomposição.

Além disso, dois chutes na genitália em momentos de apuros permitiram ao brasileiro respirar e se recuperar.

Na volta para o segundo round, ambos os lutadores foram fortemente aplaudidos e saudaram o público, que estava em êxtase com as performances!

O segundo round não decepcionou.

Embora com ímpeto um pouco reduzido pelo cansaço, os adversários retornaram novamente disposto à trocação franca e aberta.

Wanderlei também demonstrou preocupação um pouco maior com a precisão de entradas e saídas.

E foi justamente a trocação que definiu a luta. Após muitos socos, a mão de Wanderlei finalmente entrou firme em Brian Stann, que sentiu.

Um segundo soco foi suficiente para levar o americano à lona e, seguido de um brevíssimo castigo no chão, decretar o fim do combate por nocaute:




Brian Stann completa três derrotas em quatro lutas.

Contudo, penso que sai valorizado do combate e com baixo risco de demissão, pois fez uma luta muito empolgante e certamente conta com o apoio do público, que quer vê-lo em ação novamente.

Já Wanderlei ganha nova sobrevida no UFC.

O Cachorro Louco mostrou que, independentemente de vitórias ou derrotas, ainda pode render bons frutos à companhia, pois faz lutas incríveis (muito melhores, por exemplo, do que as apresentadas por GSP e José Aldo recentemente).

Também mostrou que bem treinado e focado pode fazer lutas interessantes e dar trabalho (quem sabe a tão sonhada revanche contra Belfort).

Ainda assim, trata-se claramente de um lutador despreocupado e sem ambições, que não entrará mais em rota de cinturões.

Talvez esteja aí toda a graça de suas lutas, pois com uma carreira consagrada e sem grandes pretensões, se dedica exclusivamente a dar belos espetáculos.

Saldo positivo, portanto, tanto para o evento quanto para as três lutas destacadas, principalmente o main event.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Texto Inaugural

ARE YOU READY?!?!? AND YOU READY?!?!?

LET'S GET IT ON!!!

É dada a largada, ou melhor, começa o combate!!!

Esse espaço, fruto de centenas de discussões de quatro amigos sobre MMA, é um espaço livre para opinião. Não somos experts, mas gostamos MUITO de uma boa luta.

Aqui, daremos nossos pitacos, opiniões, críticas, mas sempre como fãs do esporte, portanto, sintam-se livres para também se expressarem.

Sejam bem-vindos.

Abraços,

Equipe Split Decision

E sem mais blá blá blá, o que todo mundo quer saber é de MMA.

Sendo assim, vamos à apresentação dos nossos quatro corners:


Gabs

Apaixonado pelo Corinthians desde o berço (e triste por nunca ter visto Sócrates jogar) encontrou sua segunda paixão ao começar a acompanhar as Artes Marciais Mistas.

Reconheço a técnica de um Jiu bem aplicado, daquela luta brigada, aberta, com split decision no final, aquela controversa (Shogun x Hendo).... Mas gosto mesmo é de nocaute. Gosto mesmo é de finalização.
Não me peçam pra apreciar uma luta com quinze minutos de chão, um montado em cima do outro, porque isso, pra mim, é o maior remédio pra insônia do mundo...

Ademais, quem me conhece, sabe, e não minto pra ninguém. Sou chato pra caramba. Defendo minhas opiniões até o fim, independentemente da opinião do mundo inteiro ser diferente ou de me provarem errado pela argumentação.

Por esse motivo, sempre estarei provocando, com opiniões contundentes como a direita do Henderson, uma malícia duvidosa como o queixo do Overeem e a sutileza de um Brock Lesnar dançando conga numa loja de cristais. E nunca deixem de duvidar, mesmo quando tudo indicar o contrário, do pisão frontal no queixo, à la Anderson Silva (maior peso por peso da história do MMA) pra por baixo qualquer competidor.

ITS TIME!


Gu

Fã de MMA, boxe, esportes americanos em geral e, sobretudo, do nosso querido futebol, é Palmeirense desde criancinha.

Tem por lutadores favoritos, dentre outros, Lyoto Machida, Cigano, Renan Barão, Georges St-Pierre, Gray Maynard e Ben Henderson.

Forte candidato a voto vencido, por suas posições minoritárias, participará das discussões descontraídas do blog buscando sempre impor seus argumentos de maneira fundamentada e com coerência, sem, por outro lado, deixar de abusar das brincadeiras e de criticar com veemência os lutadores que assim o merecerem.
Let’s get it on!

Iuri
 
Amante do MMA, acompanho a maioria dos eventos, leio notícias, blogs e análises.

Mas fujo de eventos que considero “vazios, monótonos ou desinteressantes” sem vergonha de ser feliz (coisas do tipo Cung Le x Rich Franklin).

Defendo e continuarei defendendo posições polêmicas e que geram muito confronto direto, desde que Chael Sonnen é (ou seria) o segundo melhor peso médio em atividade até que ele tem tudo para ser o primeiro a colocar as costas de Jon Bones no chão!

Não posso prometer que vencerei todas as batalhas épicas que travaremos (até porque os caras vem bem treinados e afiados na trocação).

Mas prometo mostrar um queixo duro, com argumentos sólidos e posições aguerridas. Vai ser difícil (quase impossível) nocautear e, se for preciso, a gente amarra!

Para a maioria das lutas, decisão dividida será inevitável!

O importante aqui é sempre mostrar disposição, para evitar que a onda de demissões também afete o blog!

Quem mais ta pronto pra essa luta?

Calce o seu protetor bucal e vamos nessa!

 
Vini

São Paulino desde sempre, e para sempre (já deu para perceber que se o blog fosse de futebol o nome poderia ser o mesmo).

Um apaixonado por esportes, já tentei jogar futebol, joguei basquete por alguns anos e como não poderia ser diferente as lutas sempre estiveram presentes. Treinei taekwondo algum tempo e hoje treino jiu jitsu (ainda na branca, mas treino a treino as coisas evoluem).

Gosto de ver a luta, seja ela bem jogada no chão ou trocação franca, o que não da é ENROLAÇÂO (já adiantando a critica ao GSP, entre outros seguradores de luta).

Irei defender meus pontos de vista na malícia da arte suave, quando eles menos esperarem já estarão dormindo, mas se precisar partir para a trocação farei minhas as palavras do filósofo Francisco Trinaldo Massaranduba "Eu nasci para bater".